Criado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pela empresa Vitopel, o VITOPAPER usa plástico reciclado em 85% da sua composição.
A matéria-prima são embalagens, saquinhos, copos e pratos descartáveis, muito comuns no lixo urbano.
O resultado é um papel quase igual ao de celulose, com maior durabilidade, que usa 20% menos tinta e custa até 40% mais, por causa da produção em baixa escala. Se houvessem incentivos para sua larga produção, com certeza se tornaria até mais barato que o de celulose.
A tecnologia já foi usada para imprimir 40 000 livros de informática para a Fundação Paula Souza, em São Paulo. No total, a Vitopel fornecerá 170 toneladas desse material, para a impressão de 261 mil livros didáticos. Também a revista “Lounge” - ed. 44 - foi impressa com este papel. Como podem ser reciclados inúmeras vezes, os livros assim produzidos quando estiverem com o conteúdo defasado, poderão ser reciclados novamente para produzir novos livros.
Vitopaper utiliza a tecnologia BOPP - filmes flexíveis de polipropileno que são aplicados em rótulos, embalagens de biscoitos, salgadinhos, pet food, na indústria gráfica, entre outros - porém, contendo diferentes tipos de plásticos em sua composição. E é aí que está a inovação, pois não há no mundo outra tecnologia desenvolvida para usar vários tipos de plásticos reciclados, como PP e PE.
A tecnologia foi desenvolvida pela professora Sati Manrich, do Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em colaboração com a Vitopel e apoio da FAPESP.
Fabricação:
Para a fabricação uma ton. de papel sintético é necessário 850 Kg e 150 Kg em outras substâncias químicas inofensivas ao meio-ambiente. Para cada tonelada produzida, pelo menos 30 árvores deixam de ser cortadas.
Vantagens:
É totalmente reciclável; gasta menos água e energia no processo de fabricação; resistente a água, vento e raios UV; longa durabilidade; resistente a gorduras e produtos químicos; não rasga e nem deforma (não dobra); não agride o meio-ambiente.
Utilizações do Papel:
Outdoors, Manuais, Cartilhas, Rótulos, Etiquetas em geral, Cadernos, Livros, Rascunhos, Papéis de Parede, Sacolas, Cartões de Visitas, Crachás, etc.
Similar ao papel “couché”, permite a escrita manual com canetas esferográficas, canetas de ponta porosa ou lápis, e a impressão pelos processos gráficos editoriais usuais, como off-set plana ou rotativa.
FONTE: www.info.abril.com.br e outras
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