BYTES, MEGABYTES, GIGABYTES e TERABYTES, até temos alguma noção do que significa em termos de capacidade de computação, não é mesmo?
Já “supermáquinas”, com TERAFLOPS (trilhões de cálculos por segundo) e PETAFLOPS (quatrilhões de cálculos por segundo) estas parecem ser algo de ficção científica. No entanto, elas estão aí operantes, no mundo todo, inclusive duas destas aqui no Brasil.
A Petrobrás tem o supercomputador GALILEU, com 65 teraflops, instalado na Universidade Federal do Rio de Janeiro. É o número 116 na TOP 500, a lista dos mais poderosos computadores do mundo – atualizada a cada 6 meses.
O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) conta agora com o TUPÃ, com capacidade nominal de 205 teraflops, já em operação em Cachoeira Paulista, São Paulo, onde fica o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) do Inpe.
Em Natal-RN, está sendo erguido um novo data center, em que será instalado o BLUE GENE/L, da IBM, doação conseguida através de acordo de pesquisas mantido com a Universidade de Lausanne, na Suíça. Este já está “meio véinho-sucateado”, tem 3 anos de uso, com capacidade de 26 teraflops (que será expandida para 49 teraflops). Mas com certeza nos será útil, sendo seu utilizar em doenças degenerativas do cérebro, desenvolvidas pelo Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra.
A capacidade das supermáquinas de realizar cálculos em grande velocidade é indispensável para determinadas pesquisas. Estas começaram sua aplicação no desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis e para análise de clima. Em seguida, a medicina e vários ramos da engenharia também passaram a usar este recurso. Hoje, além destas áreas tradicionais, a gama de aplicações inclui petróleo, finanças, análise do solo, nanotecnologia e genética.
54,8% dos 500 supercomputadores mais poderosos do mundo estão nos Estados Unidos. O campeão do momento é o chinês TIANHE-1A, que alcançou a velocidade de 2,57 petaflops (ou 2.566 teraflops). Está instalado em Tianjin e foi fabricado pela Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa (NUDT).
[compilação-adaptação do artigo O Brasil dos Teraflops, de Flávia Yuri, revista InfoExame Nº 298 – Dez. 2010]
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