"QUANDO O MUNDO SE TORNAR CONFUSO, ME CONCENTRAREI EM FOTOGRAFIAS, QUANDO AS IMAGENS SE TORNAREM INADEQUADAS, ME CONTENTAREI COM O SILÊNCIO." [Ansel Adams / 1902-1984]

Direitos Autorais:

Fotos-textos do autor aqui postados regulamentados pela Lei 9.610/98 (dos Direitos Autorais) e sujeitos à punibilidade pelo violar da mesma, conforme o art. 184 do Código Penal brasileiro.

P.S.: Fotos de outrem aqui inseridas e porventura sem créditos referidos, capturadas da Internet ou outro veículo de mídia, "sem este referir específico".

PARA BEM VISUALIZAR AS FOTOS, EM TAMANHO MAIOR, CLIQUE EM CIMA DA FOTO.

20 janeiro 2011

NEM TUDO SE PODE VER, OUVIR OU DIZER


Popularmente, geralmente associamos satiricamente a imagem dos três macaquitos aos políticos, mas ela tem conotação mais profunda. Confira aí!

Para viver, nem tudo nós podemos ver, escutar ou dizer. Isso é representado, desde a Antiguidade pelos três macacos da sabedoria. Cada um cobre uma parte diferente do rosto com as mãos. O primeiro cobre os olhos, o segundo as orelhas e o terceiro a boca. A representação é originária da China. Foi introduzida no Japão, no Século VIII por um monge budista. A máxima que ela implica é “não ver, não ouvir e não dizer nada de mau”. Foi adotada por “Gandhi” que levava sempre consigo os três macaquinhos, o cego, o surdo, o mudo – Mizaru, Kikazaru e Iwarazu. 

Eles ensinam a não enxergar tudo o que vemos, não escutar tudo o que ouvimos e não dizer tudo o que sabemos. Noutras palavras, ensinam a selecionar e a conter-se. Isso é decisivo para uma atitude construtiva, mas não é fácil. Somos impelidos a focalizar o que nos prejudica – impelidos por um gozo masoquista ao qual temos de nos opor continuamente. Só a consciência disso permite não sair do caminho em que a vida desabrocha. 

Seleção e contenção tornam a existência mais fácil. Desde que não sejam um efeito da repressão, como na educação tradicional. E sim do desejo do sujeito – um desejo vital de se opor às forças do inconsciente que podem nos fazer mal. Isso implica a humildade de aceitar que o inconsciente existe e que não somos donos de nós mesmos. 

A ideia não é nova. Data da descoberta da psicanálise por Freud, no fim do Século XIX, mas continua a ser ignorada porque é difícil nos livrarmos do ego. Sobretudo numa sociedade como a nossa, que tanto o valoriza, e que não condena a vaidade, a prepotência e a arrogância. Pelo contrário, estimula-as para se perpetuar.

Betty Milan, Psicanalista e Escritora
Revista Veja (12 de janeiro 2011 - edição 2199)

3 comentários:

Lúcia Helena Caetano disse...

Estou me condicionando a esse "método"...como se fosse um filtro...ver, ouvir, falar somente o necessário...o resto é perfumaria, como diz uma amiga! Bjs!

Ciro disse...

Bem por aí, amigona!!!
Bj

Anônimo disse...

Oie povo estudioso, eu sou a pro Alyça viu se precisar de alguma coisa é só chama☺️

Seguidores

EU, Ciro

Minha foto
São José do Ouro, RS, Brazil