"QUANDO O MUNDO SE TORNAR CONFUSO, ME CONCENTRAREI EM FOTOGRAFIAS, QUANDO AS IMAGENS SE TORNAREM INADEQUADAS, ME CONTENTAREI COM O SILÊNCIO." [Ansel Adams / 1902-1984]

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04 junho 2010

BOM E BEM HUMORADO FOTÓGRAFO: "ELLIOT ERWITT"


Protesto do fotógrafo Elliott Erwitt contra a manipulação digital.
Foto: Alec Soth

ELLIOT ERWITT (1928)
Filho de emigrantes russos, Elio Romano Ervitz (seu verdadeiro nome) nasceu em Paris, foi criado na Itália, mas se considera um cidadão dos Estados Unidos, para onde se mudou com a família em 1941, fugindo do nazismo.
Com apenas quinze anos de idade abre o seu primeiro estúdio fotográfico. Anos depois troca a Califórnia por Nova Iorque, onde encontra fotógrafos como Robert Capa e E. Steichen e passa a dedicar-se à fotografia comercial, área que nunca abandonou.
Depois de sair do exército americano, onde foi assistente de fotografia, entrou para a Agência MAGNUM em 1953 (da qual viria a ser presidente em 1966) a convite de um de seus fundadores, o amigo ROBERT CAPA.
Em 1960, se divorcia de sua primeira esposa e sua casa pega fogo, queimando grande parte de seus negativos. [será que foi praga desta senhora????]

Suas lentes buscam a ironia em momentos indiscretos, que beiram o absurdo, revelando detalhes do comportamento humano de uma maneira irreverente.
É um dos poucos fotógrafos de sua geração que se dedicou ao sorriso na fotografia; não um riso bobo, da piada fácil e grosseira, mas o riso da fotografia que captura os momentos indiscretos, o profano dentro do solene e a dúvida no meio das certezas.

Os cachorros e outros animais estão entre seus principais focos de atenção, como se estes comentassem o comportamento humano

A fotografia em série é outra presença constante em sua obra. São mundialmente conhecidas suas séries monográficas sobre cães, edifícios dos Estados Unidos e Marilyn Monroe, entre outras.

O olhar contínuo que observa, acompanha e registra tem influência na formação cinematográfica do fotógrafo ao longo de sua carreira. Erwitt também dirigiu documentários, filmes e vídeos publicitários, além de produzir programas para TV.
Dono de um portfólio invejável, Erwitt viajou por todo o mundo, inclusive para o Brasil, foi fotógrafo da Casa Branca e colaborou com as revistas "Look", "Life" e "Holiday".
Com seus quase 81 anos, cobriu a posse do Barack Obama para a revista Newsweek.
A obra de Erwitt encontra-se conservada na sua quase totalidade no Museum of Modern Art de Nova Iorque.

2 comentários:

Lina Faria disse...

Não mata mas elitiza a fotografia, como processo quimico de impressão.
Como produto, democratiza.
Depois que o Sebastião Salgado falou que as peliculas que ainda são fabricadas estão vindo com menos prata, sepultou de vez.
Pode até não ser verdade...
Enfim, inexorável, o digital.

Ciro disse...

Sim, veio para ficar este digital, mas pagaremos preço alto, me parece, por este advento.

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