"QUANDO O MUNDO SE TORNAR CONFUSO, ME CONCENTRAREI EM FOTOGRAFIAS, QUANDO AS IMAGENS SE TORNAREM INADEQUADAS, ME CONTENTAREI COM O SILÊNCIO." [Ansel Adams / 1902-1984]

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11 julho 2011

A ORIGEM

Nosso mundo seria apenas um sonho, uma ilusão, um reflexo de Maya???
Esta uma ideia sempre latente em “muitas cabecitas”: filosóficas, psicológicas, espiritualistas e também de cineastas, como já bem demonstrado em MATRIX. Em Matrix posicionava-se a noção de "maia", o mundo de ilusão do qual temos que nos libertar para chegar à verdade, pela transcendência espiritual. Já A ORIGEM baseia-se em caminho que poderia conduzir à psicose.
Teríamos aí apenas manifestar de “delírios mentecaptos/ficções” ou algo com certo sentido de ser pensado-analisado???

Para YUNG, extrapolando a mera concepção biológica do sonho, aquela que dá acesso ao inconsciente pessoal (o inconsciente freudiano), “há um inconsciente que não se limita aos restos diurnos, um inconsciente que em sua forma mais ampla é o gerador da ‘realidade’, da consciência”.
Para quem vislumbra uma capacitação humana de transcendência de si próprio, o propósito maior de aprofundar-se em si mesmo, é encontrar lá o "self"; que segundo Jung é o nosso centro mais profundo e que por isso mesmo nos faz transcender toda a realidade limitada que a estreita visão materialista nos impõe.
Neste visualizar-analisar, os sonhos poderiam então cumprir uma função transcendente, mostrando que há a nossa volta uma realidade maior que nós mesmos, que nos liga a tudo e a todos.
Um conceito importante no filme é o de que uma ideia é o vírus mais resiliente que existe. Essa afirmação tem um paralelo interessante com a teoria dos memes, proposta inicialmente por Richard Dawkins (1976) em seu livro O Gene Egoísta, e posteriormente explorada por Daniel Dennett, Susan Blackmore, Robert Aunger e outros pesquisadores na área da psicologia evolucionista.
As ideias principais do filme também podem ser pensadas a partir da pesquisa em cognição social e do paradigma experimental de priming.
E indo além das muitíssimas considerações/interpretações psicanalíticas geradas por este filme, há que se considerar também que o sonho no qual os personagens mergulham não é um sonho "comum", é um sonho "arquitetado". Não é portanto uma manifestação dos desejos inconscientes (freudianos), mas sim um sonho Projetado para que a vítima ao ali entrar "projete" certos pensamentos que venham a completar esse sonho pré-moldado. Isto altera todo o enfoque interpretativo.

Em resumo, um filme interessante para quem forma sinapses cerebrais um pouquinho mais complexas que as necessárias para a sobrevivência, para o labor e convívios cotidianos. Muitos também consideraram este um filme “bobinho”, “muito complexo-confuso”, “intelectualóide”, “antipsicanalítico”, “de ficção idiota”. Tudo bem!!!  Assista e faça teu julgamento!

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