"QUANDO O MUNDO SE TORNAR CONFUSO, ME CONCENTRAREI EM FOTOGRAFIAS, QUANDO AS IMAGENS SE TORNAREM INADEQUADAS, ME CONTENTAREI COM O SILÊNCIO." [Ansel Adams / 1902-1984]

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27 julho 2011

ELOGIO DA LOUCURA, de Erasmo de Rotterdam

Por “questão de lucidez”, oportuno seria que todos lessem ELOGIO DA LOUCURA, de Desidério Erasmo, Geert Geertsz ou Erasmo de Rotterdam.
Apesar do vácuo temporal que nos separa de sua escritura, Elogio da Loucura consegue manter-se igualmente relevante, denunciador e provocante na atualidade, mostrando consistência em suas ideias e estrutura.
Amigo de THOMAS MORE (canonizado em 1935 pela igreja católica), Erasmo lhe dedicou seu Elogio da Loucura, que é uma sátira aos hábitos/costumes retrógrados e uma ode à liberdade, ao saber, à rebeldia, ao ousar, isto é, à cultura livre.

Em tom conversativo e provocador, este filósofo humanista que viveu nos séculos XV e XVI, cria um personagem muito conhecido, porém pouco discutido: a loucura. Indignada com a abstenção de elogios a seu respeito, a loucura resolve, por fim, elogiar a si própria e mostrar o quão presente está na vida da sociedade. Versando sobre os mínimos detalhes das ações humanas, ela mostra que está mais presente do que se imagina e revela-se de tal forma necessária e sedutora que acaba por atrair até a simpatia do leitor.

"A loucura se diz habitar o casamento, os filósofos, a ciência, as artes, a religião. Em atitude ousada, diz-se, inclusive, regente de governos, da formação de cidades, das relações humanas, do senso comum.
Afirma que boa parte da sociedade tal como ela existe em seu tempo se deve à presença da loucura. Os juristas, ao criar centenas de leis sem se preocupar com a relação que existiria ou não entre elas, estão embebidos na loucura.
O aspecto encantador das crianças, que retarda todos a sua volta; a busca do jovem pelos prazeres da vida; a busca incessante por verdades e o complexo de sábio dos filósofos; as tentativas ridículas das mulheres para atrair os homens; a ignorância; a esperança, enfim, tudo isso existe graças a ela, a nada modesta loucura".

Teólogo e cristão, Erasmo ainda assim critica a religião, em especial a católica. Coloca a loucura como regente também desse meio. Aponta-a como fator explicativo para as guerras em que a igreja se envolve, os impostos que cobra aos fiéis para que suas almas não sejam condenadas, o apego material dos bispos. Para tanto, busca respaldo em frases de importantes personagens religiosos para comprovar que a loucura era aceita como normal por Cristo e por religiosos.
O ideal de Erasmo foi essencialmente ético: a reforma gradual e pacífica da Igreja e da sociedade civil, para alcançar uma sociedade humanista, onde o homem poderia se desenvolver plenamente.
Elogio da Loucura foi escrito originalmente em latim (Encomium Moriae) em 1509 e publicado em 1511.  É considerado um dos mais influentes livros da civilização ocidental e um dos catalisadores da Reforma Protestante.
Entre seus trabalhos mais importantes, além de Elogio da Loucura, destacam-se : De Duplici Copia Verborum et Rerum (1511), um texto de retórica para os estudiosos do latim; Os Pais Cristãos (1521); Colóquios Familiares (1516-1536); De Libero Arbitrio (1526), um panfleto satirizando Martinho Lutero; As Navegações dos Antigos (1532), uma série de contos; e Preparação para a Morte (1533).

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