"QUANDO O MUNDO SE TORNAR CONFUSO, ME CONCENTRAREI EM FOTOGRAFIAS, QUANDO AS IMAGENS SE TORNAREM INADEQUADAS, ME CONTENTAREI COM O SILÊNCIO." [Ansel Adams / 1902-1984]

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22 janeiro 2011

MURO FOLHADO

RINOCERONTE ALADO

FUTURO DESUMANO


Futuro Desumano
Por Tiago Micali 

Ele é o “guru de algumas das maiores companhias do planeta”. IBM, Coca-Cola, McDonald’s, Nestlé, Samsung e Procter & Gamble já o contrataram para dar conselhos sobre o que fazer hoje para evitar arrependimentos amanhã. Mas o futurólogo (escritor, palestrante e consultor que assessora organizações sobre o futuro, com destaque para o planejamento de cenário e do impacto das tendências sobre a estratégia a longo prazo) inglês Richard Watson não vê um futuro promissor, de qualquer maneira. Em seu novo livro, Future Minds (Mentes do Futuro, sem edição no Brasil), esse cientista político alerta para o perigo de caminharmos em direção a uma sociedade onde as pessoas não conseguirão sequer pensar sozinhas.

*Você já escreveu sobre o futuro dos arquivos, do dinheiro, das viagens e, agora, das mentes. Como é possível?
Richard Watson: Só dá para planejar cenários olhando para todas essas coisas ao mesmo tempo. Se você trabalha num banco, tende a ler publicações sobre o mercado financeiro ou economia, mas não sobre tecnologia e demografia. As pessoas leem cada vez mais sobre cada vez menos assuntos, mas é onde todos os assuntos se unem que podemos identificar tendências. Por isso, passo 80% do meu tempo acordado lendo.

*O que vai acontecer com nossas mentes?
Watson: Há muitos falando sobre os aspectos bons dos celulares e do Google, mas há um outro lado. Passamos os dias andando pela cidade e olhando para uma tela de iPod ou BlackBerry e prestamos menos atenção nas pessoas ao redor. Estamos construindo bolhas onde nunca somos confrontados com ideias divergentes: selecionamos só as informações e os amigos que mais nos agradam. Isso não é bom para o pensamento e para a sociedade.

*Estamos ficando mais rasos?
Watson: Não só mais rasos, mas mais estreitos. Os cientistas citam cada vez menos trabalhos e estamos todos olhando para as mesmas fontes. Isso tem de ter algum impacto na originalidade.

*Há o perigo de se criar uma sociedade fascista, sem diversidade?
Watson: Podemos estar criando uma geração que não poderá pensar por si própria. Eles têm de ficar online e ver o que o resto das pessoas pensam antes de responderem a uma questão. Sentimos que não precisamos mais aprender porque é muito fácil achar os dados. Mas ter só o lado prático do conhecimento significa não enxergar o contexto em que as informações surgem, o que é preocupante.

* Isso é um pouco parecido com as máquinas. Estamos perdendo a humanidade?
Watson: Sim. O digital cria um nível de conectividade, mas destrói outros. Estudo feito há 10 anos mostrou que 10% dos americanos diziam não ter amigos para conversar em profundidade sobre o que sentem. Hoje, esse número subiu para 25%.

* Você propõe no livro que se pense mais devagar. Como é possível numa sociedade que pede cada vez mais produtividade?
Watson: Quando dizemos que alguém é devagar, isso é associado à burrice. Concordo que a maioria dos governos e empresas pensam que, se trabalharmos mais devagar, isso terá efeito negativo na eficiência, mas é discutível. Estamos muito ocupados em nossos escritórios fazendo coisas que serão descartadas depois. Quando um funcionário para um pouco para pensar, vê o seu papel dentro do negócio, identifica possíveis erros e evita que aconteçam. Quando se está indo muito rápido, o máximo que se faz é reagir.

* Você parece pessimista sobre o futuro...
Watson: Meu temor é que não tenhamos escolha senão nos tornarmos 100% digitais. E que a gente perca a capacidade de pensar profundamente, uma das coisas que nos define como humanos.
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Algumas previsões do guru

- Os computadores vão passar a entender as emoções de seus usuários e agir cada vez mais como humanos. Mas as pessoas se tornarão mais parecidas com as máquinas e haverá o desenvolvimento de vício em cibersexo e cibercasamento (entre homens e computadores)

- O excesso de informação fará com que as pessoas comecem a racionar o consumo de dados e haverá dietas digitais e profissionais contratados para peneirar o conteúdo. A confiança nas fontes de dados se tornará um dos grandes problemas da humanidade

- O movimento de slow thinking (pensamento devagar) irá surgir paralelamente ao movimento de slow food, de leitura lenta e de culto às informações em papel. Algumas companhias vão passar a guardar seus documentos estratégicos apenas em papel para evitar ciberataque.

- O vício em internet vai fazer com que governos criem órgãos específicos para lidar com o problema.

- Manter os pensamentos em privacidade vai ser um grande problema

- Num futuro próximo, tempo e espaço se tornarão bens de luxo. Haverá resorts sem comunicação alguma e serão alugadas salas de silêncio para que as pessoas possam parar e pensar um pouco.

Revista Galileu (Dezembro 2010 – Nº 233)

20 janeiro 2011

NEM TUDO SE PODE VER, OUVIR OU DIZER


Popularmente, geralmente associamos satiricamente a imagem dos três macaquitos aos políticos, mas ela tem conotação mais profunda. Confira aí!

Para viver, nem tudo nós podemos ver, escutar ou dizer. Isso é representado, desde a Antiguidade pelos três macacos da sabedoria. Cada um cobre uma parte diferente do rosto com as mãos. O primeiro cobre os olhos, o segundo as orelhas e o terceiro a boca. A representação é originária da China. Foi introduzida no Japão, no Século VIII por um monge budista. A máxima que ela implica é “não ver, não ouvir e não dizer nada de mau”. Foi adotada por “Gandhi” que levava sempre consigo os três macaquinhos, o cego, o surdo, o mudo – Mizaru, Kikazaru e Iwarazu. 

Eles ensinam a não enxergar tudo o que vemos, não escutar tudo o que ouvimos e não dizer tudo o que sabemos. Noutras palavras, ensinam a selecionar e a conter-se. Isso é decisivo para uma atitude construtiva, mas não é fácil. Somos impelidos a focalizar o que nos prejudica – impelidos por um gozo masoquista ao qual temos de nos opor continuamente. Só a consciência disso permite não sair do caminho em que a vida desabrocha. 

Seleção e contenção tornam a existência mais fácil. Desde que não sejam um efeito da repressão, como na educação tradicional. E sim do desejo do sujeito – um desejo vital de se opor às forças do inconsciente que podem nos fazer mal. Isso implica a humildade de aceitar que o inconsciente existe e que não somos donos de nós mesmos. 

A ideia não é nova. Data da descoberta da psicanálise por Freud, no fim do Século XIX, mas continua a ser ignorada porque é difícil nos livrarmos do ego. Sobretudo numa sociedade como a nossa, que tanto o valoriza, e que não condena a vaidade, a prepotência e a arrogância. Pelo contrário, estimula-as para se perpetuar.

Betty Milan, Psicanalista e Escritora
Revista Veja (12 de janeiro 2011 - edição 2199)

19 janeiro 2011

A VELHICE

Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (1908 - 1986): escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. Escreveu romances, monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios, biografias e uma autobiografia.

Esta inteligente “dama francesa” conheci lá pelo meio da década de 70, via livros, quando revolucionava o mundo das ideias/pensamentos juntamente com seu companheiro SARTRE e seu “existencialismo”. Tirante o lado feminista desta senhora e o lado político-ideológico de ambos, “curti” muitas de suas obras literárias. Esta aqui abordada, A VELHICE, de 1970, é muito boa/lúcida – “recomendo a leitura e refletir”! Mesmo com todo o evoluir de legislações protetivas ao idoso, decorridos 30 anos deste seu escrever, ainda bem atual o por ela exposto.
Com este livro, Simone abriu nova brecha nas leis, usos e hábitos das sociedades ocidentais em favor de uma nova defesa da liberdade: "É preciso que todos os homens permaneçam seres humanos durante todo o tempo em que estiverem vivos."
Normalmente, evitamos falar da velhice não somente por causa da sua imagem ou do seu cheiro (há, inconfundivelmente, um cheiro que caracteriza a velhice e um cheiro que caracteriza a juventude), mas também porque a seu lado a morte nos sorri, mostrando que no combate que desde sempre travamos, ela triunfa. 

Como dizia Beauvoir, a América riscou do seu vocabulário a palavra ‘morte’, aí, a gente fala de um ente querido; do mesmo modo, é escusado dizer que ela fechou a página correspondente à velhice. Em França, o procedimento não é diferente, esta palavra é interdita. Aliás, pode-se dizer que por todos os lugares do Ocidente ela é silenciada.

Simone de Beauvoir em seu livro clássico sobre a velhice mostra, entre outras coisas, que o inconsciente não tem idade e que temos forte tendência a nos comportar, na velhice, como se jamais fôssemos velhos: aos 60 anos, raros são os que se consideram nessa condição e mesmo depois dos 80 anos há muitos que acreditam ser de meia-idade e uns tantos que continuam a se achar jovens.

"O indivíduo idoso sente-se velho através do outro, sem ter experimentado sérias mutações; interiormente não adere à etiqueta que se cola à ele: não sabe mais quem é".

Segundo ela, a sociedade de consumo trata os idosos como párias, condenando-os à miséria, à solidão e ao desespero. "Antes de tudo, exige-se deles a serenidade; afirma-se que possuem essa serenidade, o que autoriza o desinteresse por sua infelicidade", escreve Simone na introdução de seu ensaio. Assim como a feminilidade é socialmente construída, Beauvoir afirma que a velhice é acima de tudo um fator cultural.
Neste livro escreve ainda que o idoso é uma espécie de objeto incômodo, inútil, e quase tudo que se deseja é poder tratá-lo como quantia desprezível.

BELA LEI BRASILEIRA DE DIREITOS DOS IDOSOS, “NO PAPEL”:
“A família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida.” (Lei n.º 8.842/1994 – Política Nacional do Idoso).
Editora Nova Fronteira

17 janeiro 2011

SOCIEDADE DE RISCO



Publicado originalmente na Alemanha em 1986, Sociedade de Risco: rumo a uma outra modernidade, de Ulrich Beck, tornou-se uma espécie de clássico contemporâneo da sociologia. Traduzido por Sebastião Nascimento, chegou à "Terra Brasilis" somente no ano passado (2010), num lançamento da Editora 34. As teses de Beck, mesmo que escritas há mais de duas décadas, ainda conservam vigoroso poder de provocação. Segue atual a reflexão da “Sociedade de Risco”.

Beck (1944) é professor de Sociologia na Universidade de Munique, na London School of Economics and Political Science e doutor honoris causa por diversas universidades europeias. É editor do jornal Soziale Welt e da coleção Edition Zweite Moderne [Segunda Modernidade] da editora Suhrkamp, e diretor-fundador do centro de pesquisas "Reflexive Modernisierung" [Modernização Reflexiva], na Universidade de Munique. Estudou Sociologia, Filosofia, Psicologia e Ciência Política em Freiburg e Munique.

Nas abas da capa da edição brasileira do livro de Beck, Marco Aurélio Nogueira [Doutor em Ciência Política pela USP e Pós-doutorado pela Università degli Studi La Sapienza - Roma (ITA)] bem escreveu :

A primeira edição de Sociedade de risco foi publicada na Alemanha em 1986, logo após o acidente de Tchernobil: inesperadamente, uma usina nuclear construída para fins pacíficos e em regime de segurança máxima foi pelos ares naquela cidade ucraniana, espalhando caos e pavor pela Europa e suspendendo a respiração do planeta.
O livro de Ulrich Beck chega ao Brasil comprovando sua atualidade e o vigor de sua argumentação. Afinal, ele coincide com a reiteração de um circuito diabólico integrado por catástrofes, crises e tragédias que se sucedem em âmbito global, inquietam e intrigam. Se incluirmos no circuito a escalada da violência banal, do terrorismo e dos crimes hediondos, a sensação de mal-estar que impregna a vida cotidiana, o retorno de doenças que se acreditava controladas, o desemprego estrutural, a desorientação dos jovens em relação ao futuro e o desequilíbrio ecológico, entre tantas coisas, vemo-nos num cenário que exige explicações no mínimo audaciosas.
Seria esse cortejo de horrores e dificuldades a expressão de acidentes normais, de falhas sistêmicas passíveis de prevenção ou da “vingança” de uma natureza cansada de superexploração? Ainda que tais motivos possam ser plausíveis, não há como descartar a hipótese principal que emerge do presente livro: passamos a viver em meio aos efeitos colaterais de uma civilização — a modernidade capitalista industrial — que regurgitou e saiu dos trilhos, voltando-se contra si própria e escapando dos controles que visam ordená-la.
Mobilizando de modo consistente uma admirável rede de conhecimentos e informações, o livro de Beck converteu-se num clássico contemporâneo. Tornou-se obrigatório para quem deseja entrar em contato com a realidade do mundo atual sem cair na mesmice das denúncias ocas contra a globalização ou o neoliberalismo e sem repetir monotonamente os lugares-comuns das boas e velhas teorias clássicas.
Beck trabalha num espaço de transições. Admite que ainda não vivemos plenamente — em todas e em cada sociedade humana — numa civilização fundamentada no risco, mas também que já não estamos mais ancorados na sociedade industrial vinda do século XIX. Seguimos céleres rumo a uma outra modernidade: tardia, globalizada, radicalizada, reflexiva, que nos conecta numa mesma experiência mundial e, com isso, distribui e socializa todos os ônus e oportunidades. Nessa nova modernidade, “emerge um novo tipo de destino adscrito em função do perigo, do qual nenhum esforço permite escapar”. Os sistemas concebidos para proteger e racionalizar convertem-se em forças destrutivas. Ameaças vêm a reboque do consumo cotidiano, infiltradas na água, em alimentos, nas roupas, nos objetos domésticos. Tudo é processado reflexivamente, quer dizer, mediante discussão, elaboração, troca de informações, que voltam a turbinar o circuito. Trata-se de “uma civilização que ameaça a si mesma”, na qual a incessante produção de riqueza é acompanhada por uma igualmente incessante “produção social de riscos”.
Como então compreender a vida seguindo as mesmas pegadas de antes? Como explicá-la com os conceitos e categorias de sempre? Precisamos urgentemente de interpretações que “nos façam repensar a novidade que nos atropela e nos permita viver e atuar com ela”.
O convite feito por Ulrich Beck nesse livro luminoso e contagiante não se dirige aos que pensam que o mundo está acabando, mas aos que sabem que a vida segue, sempre. Sociedade de risco contém sugestões teóricas poderosas. Provoca-nos com achados inusitados. Impulsiona-nos a olhar além. Projeta-nos no olho do furacão.

Outros livros de Ulrich Beck em português :
O que é Globalização ? – Paz e Terra

Liberdade ou Capitalismo (Beck e Johannes Willms) - UNESP

15 janeiro 2011

MUDANÇA DE VALORES NAS SOCIEDADES ATUAIS


Joaquín Salvador Lavado, ou simplesmente QUINO, cartunista-humorista argentino, 79 anos, ainda na ativa em Milão.
Quino possui um "humor tipicamente ácido e muito cínico", aborda com frequência a miséria e o absurdo da condição humana, sem limites de classe. Desta forma, faz com que o leitor enfrente as burocracias, os erros das autoridades, as instituições inúteis, entre outras coisas.
Criador da MAFALDA, ícone cultural: menina argentina adorada e admirada no mundo todo, por questionar os valores humanos, a política, o racismo e a sociedade moderna. A menina filósofa, também é uma eterna apaixonada pelos Beatles e tem verdadeira aversão por sopa; numa de suas frases Célebres, Mafalda diz:
“Sopa é para infância o que o comunismo é para a democracia!”

Frases Famosas de Mafalda:
“Boa noite mundo! boa noite e até amanhã, mas fique de olho! Tem muita gente irresponsável acordada, viu?”
“Às vezes me pergunto se a vida moderna não tem mais de moderna do que de vida.”
“Deus, espero que o senhor possa ajudar a melhorar o estado da situação… Ou será que é a situação do Estado?”
“Já que há mundos evoluídos, por que tive que nascer justo neste?”
“Se a vida começa aos 40, por que nascemos com tanta antecedência?”
“O problema da família humana é que todos querem ser pai.”
"Justo a mim coube ser eu!"
"A vontade é a única coisa do mundo que quando esvazia tem que levar uma alfinetada."
"Tudo serve para alguma coisa, mas nada serve para tudo."
"E não é que neste mundo tem cada vez mais gente e cada vez menos pessoas?"
"O urgente nunca deixa tempo para o importante."
"Ainda bem que eu acordei. Se há coisa que me deixa com raiva é gastar o inconsciente sonhando besteira."
"Será que Deus patenteou essa ideia de manicômio redondo?"
"Às vezes vocês não se sentem um tanto indefinidos?"
Mafalda ouve no rádio: "O Papa fez um chamado à paz". E, com sua ingenuidade infantil, responde ao aparelho:"E deu ocupado como sempre, não é?"

Mais sobre Mafalda e Quino, acesse o site oficial Quino:
http://www.quino.com.ar/

14 janeiro 2011

PECADOS CAPITAIS POÉTICOS (da amiga GUI)

PECADOS CAPITAIS
Gui Oliva

Como amenizar a chaga desse estigma,
inundar o coração de amor e estima
para apagar a chama dessa ira?

Como arrefecer a voracidade que macula,
alterar o seu sentido para o sustento
do alimento d´alma e bem diversa gula?

Como conter esse desejo que se entrega
ao não reconhecer do outro o mérito,
o impropério desse sentir inveja?

Como destruir resquício desse entulho
da soberba, vaidade, indevida altivez
a semear erva daninha de falso orgulho?

Como desconstruir essa estranheza
do não compartilhar o pão com o irmão,
e a pobreza do espírito não manter avareza?

Como espantar a negligência como premissa
ao apresentar cansaço até para o refletir,
se o pensar para o agir entregue à preguiça?

Como exterminar o desamor e a sua injúria
que insistem levar à penúria o pleno amor
em excessos insanos através da luxúria?

Santos, 09 janeiro de 2011.

www.vidaemcaminho.com.br

FERROU!!!

NOVOS PECADOS CAPITAIS


É, “pecadores”… Mais coisas com que se preocupar!!!
E eu não sabia até hoje! Mas incurso apenas no Pecado 2 aí destes Novos Pecados. 

O Vaticano atualizou a lista de pecados capitais para adaptá-la à “realidade da globalização”.
Os novos pecados capitais – merecedores de condenação segundo a Igreja Católica – serão agregados aos SETE anteriores: gula, luxúria, avareza, ira, soberba, vaidade e preguiça.

Publicada no jornal do Vaticano, Osservatore Romano, a lista foi divulgada em março de 2008, depois que o Papa Bento 16 denunciou a “queda do sentimento de pecado no mundo secularizado”, em meio à redução no número de católicos que praticam a confissão.
Os novos pecados capitais:
1. Fazer modificação genética
2. Poluir o meio ambiente
3. Causar injustiça social
4. Causar pobreza
5. Tornar-se extremamente rico
6. Usar drogas
***Eu incluiria nesta lista um 7º: PEDOFILIA

Em entrevista ao Osservatore Romano, monsenhor Gianfranco Girotti, responsável pelo tribunal da Cúria Romana que trata das questões internas do Vaticano, afirmou que, ao contrário dos anteriores, os novos pecados vão além dos direitos individuais e têm uma dimensão social.
Na interpretação de monsenhor Girotti, o pecado deixou de ser apenas uma questão pessoal e passou a ter maior influência na sociedade.
"Antes, o pecado tinha uma dimensão individual, hoje tem uma impacto social, principalmente por causa da globalização. A atenção ao pecado agora é mais urgente devido aos reflexos maiores e mais destruidores que pode ter", disse Girotti.
Na entrevista ao jornal do papa, o monsenhor recordou que entre os grandes pecados estão o aborto e a pedofilia e comentou o escândalo dos abusos sexuais cometidos por padres.
Ele admitiu que se trata de um problema grave, mas denunciou uma espécie de campanha contra a Igreja Católica por parte dos meios de comunicação.
"Estes fenômenos graves que foram denunciados demonstram a fragilidade humana e institucional da Igreja. Ela, porém, reagiu e continua reagindo para tutelar sua imagem e o bem do povo de Deus. Mas os meios de comunicação enfatizam o problema, prejudicando a imagem da Igreja", declarou o clérigo ao jornal.
Confissão
Monsenhor Gianfranco Girotti falou dos novos pecados aos padres reunidos no Vaticano durante curso de atualização sobre o sacramento da confissão.
Durante o curso, o responsável pelo tribunal informou que cada vez menos católicos confessam os próprios pecados aos padres. Girotti denunciou que cerca de 60% dos fiéis na Itália não se confessam, citando estatísticas da Universidade Católica italiana.
Na entrevista ao Osservatore Romano, Girotti recordou as recomendações para se receber o perdão:
"Confissão em 15 ou máximo 20 dias antes ou depois de cometer o pecado, comunhão, oração segundo as intenções do papa, pureza e caridade", disse o clérigo.

Fonte: BBC Brasil 
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080310_novopecado_np.shtml

11 janeiro 2011

JOÃO, O VIZINHO DO PODER

TEXTO E FOTO: Lina Faria
[grande fotógrafa “prô” de Curitiba]
http://naftalina55.blogspot.com/

Vejam a soberba desse pássaro João de Barro.
Não é por menos.
Vive em um dos metros quadrados mais disputados da cidade: o do poder.
Esse poste que sustenta sua moradia
fica praticamente dentro da Prefeitura (de Curitiba).
Dali ele controla também o Palácio das Araucárias.
Essa foto foi feita há mais de ano.
Não sei se ele continua por lá. A conferir!

SERÁ QUE O LACITO LATERAL AGUENTA???


Esse pesado/grande iPod color se sustentava de maneira bem precária no biquíni desta garota. 
UM PERIGO!!!!
O modelo é de 2004, anos antes da pequenina geração atual. 
Hoje ela poderia usar biquíni bem menor, com acessório bem mais compacto para ouvir seu som e “com segurança”.
Ciro Röpke
(em clima de verão-praia-férias, apesar de enfurnado aqui no “interiolzão”)

POR QUE O CD CONVENCIONAL TEM DURAÇÃO DE 74 MINUTOS?


Por Jesus Diaz (JIZMODO Brasil)

Quando o padrão do Compact Disc Digital Audio surgiu em 1980, um curioso fato surgiu ao seu redor: ele teria duração de 74 minutos. Não 60. Nem mesmo 70 minutos. 74 e fim de papo. E tudo isso por culpa de um único homem surdo. Um único homem surdo que criou as mais impressionantes composições musicais já feitas – o cara que me faz ficar todo assustado quando ouço certa música nos meus fones: A Nona Sinfonia em Dó menor, Op. 125, o gigantesco e maravilhoso último trabalho de Herr Ludwig van Beethoven, nascido em Bonn, na Alemanha.
Mas como assim?
Imagine o cenário. Fim dos anos 70, a era mais sensacional da história do rock. Para completar, a disco music. Estamos em 1979, quando os Rolling Stones gravaram Emotional Rescue, Debby Harry derrubou queixos com Heart of Glass, e Chic fez o mundo inteiro dançar ao som de Good Times. Também foi o ano em que a Philips e a Sony começaram a trabalhar no primeiro padrão de áudio de CD.
A Philips queria um disco de 11,5 centímetros, enquanto a Sony apostava num formato de 10. Ambos eram o suficiente para acomodar os vinis da época, e o modelo da Sony era capaz de armazenar 60 minutos de música em estéreo em 16 bits com frequência de 44,056 Hz.
Mas isso não era o bastante. Quem disse isso foi Norio Ohga. Ohga era um homem furioso com o áudio da época. Ele era um cantor de ópera quando ouviu pela primeira vez um gravador de fitas da Sony e enviou à empresa uma carta criticando a qualidade do som. Recebeu uma oferta de emprego, e sua influência foi tão grande que ele chegou a ser presidente da Sony nos anos 80. Mas naquela época ele apenas supervisionava o projeto e exigiu que o formato do CD fosse capaz de tocar a Nona Sinfonia inteira.
De acordo com a Philips, a “performance mais longa conhecida tem duração de 74 minutos [...] uma gravação em mono feita durante a Bayreuther Festpiele em 1951 e conduzida por Wilhelm Furtwängler.” 60 minutos não aguentaria isso, então ficou decidido que o ideal eram 74 minutos – 12 centímetros.
Pelo menos é isso que algumas pessoas dizem. Outros dizem que foi o famoso maestro austríaco Von Karajan que teria pedido para o formato suportar a Nona Sinfonia inteira. Von Karajan foi fundamental para tornar o formato conhecido entre os audiófilos, e teria colocado essa condição em troca de seu apoio.
No entanto, de acordo com a Wikipédia, o chefe de engenharia da Philips, Kees Immink, disse que a escolha pelos 12 centímetros foi por conta da neutralidade do tamanho.

Um filme "imperdível": O SEGREDO DOS SEUS OLHOS


FICHA TÉCNICA:
O SEGREDO DOS SEUS OLHOS [EL SECRETO DE SUS OJOS]
Argentina/Espanha - 2009
Duração – 127 minutos
Direção – Juan José Campanella
Roteiro – Juan José Campanella com base no livro La Pregunta de Sus Ojos, de Eduardo Sacheri
Produção – Juan José Campanella, Gerado Herrero, Mariela Besuievski., Vanessa Ragoni
Fotografia – Félix Monti
Trilha Sonora – Federico Jusid e Emilio Kauderer
Edição – Juan José Campanella
Elenco – Ricardo Darín (Benjamin Espósito), Soledad Villamil (Irene Menéndez Hastings), Guillermo Francella (Sandoval), Javier Godino (Isidoro Gómez), Carla Quevedo (Liliana Coloto), Pablo Rago (Ricardo Morales).

PREMIAÇÕES PRINCIPAIS (entre outras):
Foi o segundo filme argentino a conquistar o "Oscar de Melhor Filme Estrangeiro" (em 2010), 25 anos depois do feito de “A História Oficial”, de Luis Puenzo.

Ganhou ainda o prêmio Goya de Melhor Filme Estrangeiro em Espanhol e Melhor Revelação Feminina para Soledad Villamil. 
No Festival de Havana, ganhou: Prêmio Especial do Júri, Melhor Filme - Voto Popular, Melhor Diretor - Juan José Campanella, Melhor Ator - Ricardo Darín e Melhor Trilha Sonora.

ANÁLISE CRÍTICA:
Depois de passar uma temporada dirigindo episódios de séries famosas nos EUA (como “House” e “Lei e Ordem”), o diretor Juan José Campanella voltou à Argentina para produzir mais um excelente filme chamado “O Segredo de Seus Olhos”.
Novamente trabalhando com seu ator preferido, Ricardo Darín, Campanella adapta um romance de Eduardo Sacheri (La Pregunta de Sus Ojos) com sua habitual maestria, juntando no mesmo filme diversos tipos de gêneros do cinema, tais como suspense, drama, romance, policial, comédia, denúncia política (uma parte do filme se passa durante a ditadura militar argentina) e até uma pitada de film noir.

Darin interpreta com sua naturalidade e competência de sempre Benjamín Espósito, um funcionário público de Juizado Penal, recém-aposentado, que resolve escrever um livro tendo como premissa um caso escabroso que investigou no passado e que trouxe consequências trágicas para todos os envolvidos. Mas não é só isso. Em seu livro Espósito quer também expiar seu remorso por não ter tido coragem de lutar pelo amor de sua vida, interpretada por Soledad Villamil, que era sua supervisora no Fórum. Outro personagem importante é o parceiro de Espósito, Pablo Sandoval, na pele de Guillermo Francella, que serve como alívio cômico à trama. Por meio de flashbacks muito bem elaborados, vamos sendo apresentados ao crime e aos desdobramentos que ele provoca na vida dos envolvidos. É digna de nota a firmeza com que Campanella conduz a trama, sempre de forma inusitada e buscando o aprofundamento psicológico dos protagonistas à medida que eles vão sendo afetados pelos desenlaces do caso investigado.

O filme busca também fazer um estudo do que leva uma pessoa a ficar obcecada, em contraste com o vazio existencial enfrentado por Espósito e o que ambos sentimentos geram de consequências.
André Lux

Este não é um filme apenas sobre um crime: é sobre um homem que nunca soube lidar com as pessoas que a vida lhe ofereceu, passou a vida perguntando-se “como se faz para viver uma vida vazia, cheia de nada” e só entregou-se à ela no final.
[Fred Burle]

Existem filmes feitos para dar um “soco no estômago” do espectador. O Segredo dos Seus Olhos dá uma pancada no coração, com uma história instigante, um elenco excepcional, um roteiro espetacular e uma direção de fotografia que dá uma aula de decupagem e movimentação de câmera.
[Fred Burle]

“O Segredo dos Seus Olhos” é o tipo de filme que oferece um pacote de reflexões para o espectador consumir depois da sessão. Pode-se ler o filme sob variados ângulos: amizades, paixões, amores, medos, vazio, tempo, velhice, frustrações. Além da leitura política-jurídica.

**Lançado em 2009, El Secreto de Tus Ojos atingiu a marca de 1 milhão de telespectadores na Argentina após um mês de estreia.

P.S.: A "bela SOLEDAD" aí do filme também é boa cantora, com estes 2 CDs lançados.



10 janeiro 2011

STEINBECK E O HOMEM!


Quem não leu AS VINHAS DA IRA, RATOS E HOMENS, BOÊMIOS ERRANTES, A LESTE DO ÉDEN, A PÉROLA e (ou) outras obras deste grande escritor americano, Nobel de Literatura de 1962?
Ao longo de sua vida, Steinbeck utilizava as vezes ao lado de sua assinatura, em cartas ou em suas obras um pequeno desenho do “Pigasus”, um porco voador, para simbolizar a si mesmo, junto com a frase ad astra per alia porci, ou "para as estrelas, nas asas de um porco."
Algumas das suas razões para fazê-lo - "uma alma pesada, mas tentando voar" e "não é suficiente envergadura, mas muita intenção".
**Para outros, pode ter sido uma reação a um professor da faculdade que lhe disse que ele só seria um escritor quando os porcos voassem.

09 janeiro 2011

INTERNET NO "INTERIOL" (via rádio-manivela)

"LA LUNA" (de 9 de janeiro de 2011)





CORAÇÕES PALPITANTES (na virada de ano)



UMA AMIGA "QUASE FOTÓGRAFA"


Aqui uma bem jovem amiga paulista, que pretende fazer Publicidade e já fotografa como muita gente grande aí não faz. É fotógrafa nata!!! E fotografava em modo manual, não automático, com esta Canon aí.

Conheci-a nas comemorações deste Ano Novo, quando visitava amigos meus daqui, juntamente com seus pais.

Ah, incentivei-a muito a seguir neste rumo, apesar de que isto será definido de fato por ela.

ESCADA DE CORDAS?



BLUE FLORZITA

"REDE NEURONAL"

"ESTRELA" FLORAL

DAMA DA NOITE (CACTO-ORQUÍDEA) DE 2011






DAMA DA NOITE (CACTO-ORQUÍDEA)
Nome Técnico: Epiphyllum oxypetalum
Origem: América Central e Brasil.

Suas flores são grandes, mais de 20 cm e somente abrem à noite provavelmente porque os insetos que realizam a sua polinização são de hábito noturno.
O espetáculo destas flores abertas neste horário avançado é sempre muito esperado por quem as cultiva.
A origem do nome é grega e significa "sobre as folhas", pois suas flores surgem de ramos que parecem folhas. Raramente tem espinhos, mas possuem pelos nas aréolas.
Suas flores são grandes, vistosas e coloridas e seus ramos são achatados e suculentos, mas também podem se apresentar triangulares.
Em estado selvagem, na floresta, podem se desenvolver sobre árvores, mantendo as raízes no chão, quase como se fosse uma trepadeira.

P. S.: Esta aqui floresceu dia 4 de janeiro deste 2011, ali pelas 20,30 h.
Desde 2007, quando descobri esta belíssima/especial flor, amigos me comunicam quando de sua floração – “geralmente em uma única data noturna (anual)”. Pela manhã ela já está fechada e não mais se visualiza.

02 janeiro 2011

VEADITO (de 4 pernas)





Este foi meu bom agouro de 2011, 
capturado em seu primeiro dia,
em casa de campo de casal amigo,
onde passei o réveillon.
Este magnífico espécime veio conferir restos de comida
e me propiciou estes registros aqui.

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